Em resposta à coluna da editora de política,Andreia Lopes, do jornal A Gazeta, do dia 4/12/ de 2011, intitulada, “Mão de gato na Assembleia?”
Como num conto de fadas tem sempre uma bruxa pra apavorar
O dragão comendo gente e a bela adormecida sem acordar
Tudo que o mestre mandar e a cabra cega roda sem enxergar
Pega malhação de judas e quebra cabeças, vejam vocês
Pega malhação de judas e um passarinho morto no chão
(Trecho da música Jardins de infância- Elis Regina)
Ao comprar a versão oficial mentirosa do “mercado político”, de alguns deputados, e diretores da Ales, que não querem pagar a reposição dos 11,98%, e por isso dizem que a manifestação de ocupação do Plenário da Ales, queria impedir a homologação do nome do nome de Domingos Taufner para o Tribunal de Contas, alterar o processo eleitoral no TCEES e desestabilizar a Mesa Diretora, mostrou-se a cara. A editora de política de A Gazeta, produziu mais uma peça explícita de como costumam agir para atacar e criminalizar os movimentos sociais e sindicais. Produzem informes publicitários da parte envolvida, irresponsáveis, recheados de acusações torpes em forma de análise e de artigo.
Excesso , abuso, foi o Poder Legislativo do Estado do Espírito Santo mandar fechar suas galerias, espaço de livre acesso, com pessoas dentro, e impedir que outras entrassem, sem dar nenhuma explicação. Fato que ocorreu no dia 29, e se repetiu no dia seguinte. Queriam tripudiar sobre servidores, aposentados, pensionistas e diretores do sindicato, exaustos, após quatro meses de movimento reivindicatório. Quando todos acreditavam estar negociando, enquanto a Mesa Diretora brincava de reunir, sem apresentar decisão alguma, e rompendo acordos. Acrescente-se a isso, que estavam diante do encerramento do ano legislativo, que era o que significava a sessão do dia 29 de novembro de 2011.
Se tivessem apurando os fatos seriamente, iriam saber que o movimento de luta pela reposição foi deliberada em agenda sindical para este ano de 2011. Que desde agosto, os servidores estão em estado de mobilização permanente, e que as terças feiras são dias de protesto mais intensivos, de assembléia geral , manifestações nos corredores, na entrada do plenário e sobretudo nas galerias. E até mesmo a entrada da presidência já havia sido alvo de manifestação. Tudo isso deliberado em assembléia dos servidores da Ales. Iriam saber que quem estava apresentando formas de como pagar o retroativo, e dentro das condições financeiras do Estado, eram os servidores. Quem buscou o diálogo ao máximo, foram os servidores, com todos os parlamentares e a Mesa Diretora. Quem buscou fundamentos, decisões de outros estados sobre caso semelhante do pagamento do retroativo, para embasar a Mesa Diretora, nos argumentos da segurança jurídica, foram os servidores. Saberiam, que o montante da dívida de 120milhões-atuais, aproximadamente, para pagar a reposição , aumenta a cada dia , porque a cada legislatura se empurra pra outra Mesa Diretora resolver.
O movimento sindical não se pauta por relações de parentesco, amizade e pessoalidade. Muito menos o movimento, dos 11,98%, dos trabalhadores públicos da Assembleia Legislativa. O Sindilegis-ES, está encaminhando a reivindicação de um direito de aproximadamente , 7 mil pessoas. Servidores esses, que não são funcionários do presidente de plantão, da Mesa Diretora do momento, desse ou daquele deputado , mas da Assembleia Legislativa do Espírito Santo.
Glaucia Reggina/Jornalista do Sindilegis
Diploma Reg.Nº68/706/779/02 MTb.01226-JP/ES
Integrante da Direção do Sindijornalistas-ES
e da Federação Nacional dos Jornalistas-FENAJ